sexta-feira, 27 de junho de 2014

Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro - Para saber mais

A Olimpíada de Língua Portuguesa tem seu próprio site, onde podemos saber mais sobre o projeto. Lá também há jogos relacionados ao conteúdo das oficinas.

Confere lá!

Clique AQUI


Há um jogo para trabalhar o texto memórias literárias. Clique aqui para jogar

terça-feira, 24 de junho de 2014

Como enviar os resultados do exercício para a professora?

Após a realização dos exercícios, para efeitos de participação em aula - que conta para avaliação do segundo trimestre - vocês devem enviar os resultados para a professora. Uma maneira de fazer isso é seguir os passos abaixo.

1. Realize o exercício. Após a resolução, aperte a tecla Print Screen, que captura o que está na tela.
2. Clique no Menu Iniciar e abra um novo documento do Libre Office Writer. Cole nesse documento o print que acabou de fazer, de cada um dos exercícios terminados.
3. Salve com seu nome e sobrenome.
4. Abra seu e-mail.
5. Escreva um novo e-mail. No campo Assunto, escreva seu nome, sobrenome e turma.
Clique no atalho para Anexar arquivo (varia dependendo do seu servidor de e-mail).
6. Envie para kellyletrasufrgs@gmail.com (ATUALIZAÇÃO: SEM BR NO FINAL!)

Você receberá um e-mail confirmando o recebimento e outro, mais tarde, com a avaliação!

Bom trabalho!

domingo, 22 de junho de 2014

Oficina 7 - Nem sempre foi assim

Olimpíada de Língua Portuguesa - Escrevendo o Futuro

O tema dessa oficina será a comparação. Baseando-nos em outros conteúdos que já vimos - como a descrição e a narração - iremos estudar como os autores de Memórias Literárias comparam o tempo passado com o presente. Para dar início ao nosso trabalho, vamos ler o trecho de Anarquistas, graças a Deus, de Zélia Gattai, transcrito abaixo.

"Naqueles tempos, a vida em São Paulo era tranquila. Poderia ser ainda mais, não fosse a invasão cada vez maior dos automóveis importados, circulando pelas ruas da cidade; grossos tubos, situados nas laterais externas dos carros, desprendiam, em violentas explosões, gases e fumaça escura. Estridentes fonfons de buzinas, assustando os distraídos, abriam passagem para alguns deslumbrados motoristas que, em suas desabaladas carreiras, infringiam as regras de trânsito, muitas vezes chegando ao abuso de alcançar mais

de 20 quilômetros à hora, velocidade permitida somente nas estradas. Fora esse detalhe, o do trânsito, a cidade crescia mansamente. Não havia surgido ainda a febre dos edifícios altos; nem mesmo o “Prédio Martinelli” – arranha-céu pioneiro em São Paulo, se não me engano do Brasil – fora ainda construído. Não existia rádio, e televisão, nem em sonhos. Não se curtia som em aparelhos de alta-fidelidade. Ouvia-se música em gramofones de tromba e manivela. Havia tempo para tudo, ninguém se afobava, ninguém andava
depressa. Não se abreviavam com siglas os nomes completos das pessoas e das coisas em geral. Para que isso? Por que o uso de siglas? Podia-se dizer e ler tranquilamente tudo, por mais longo que fosse o nome por extenso – sem criar equívocos – e ainda sobrava tempo para ênfase, se necessário fosse.
Os divertimentos, existentes então, acessíveis a uma família de poucos recursos como a nossa, eram poucos. Os valores daqueles idos, comparados aos de hoje, no entanto, eram outros; as mais mínimas coisas, os menores acontecimentos, tomavam corpo, adquiriam enorme importância. Nossa vida simples era rica, alegre e sadia. A imaginação voando solta, transformando tudo em festa, nenhuma barreira a impedir meus sonhos, o riso aberto e franco. Os divertimentos, como já disse, eram poucos, porém suficientes
para encher o nosso mundo."

Zélia Gattai. Anarquistas, graças a Deus. Rio de 
Janeiro: Record, 1986.

Exercícios - "Anarquistas, graças a Deus"- CLIQUE AQUI!